A integração entre Big Data e Internet das Coisas tem tudo para ser uma das questões mais relevantes no mundo corporativo.
Obter ricos detalhes sobre os hábitos, comportamentos e necessidades comuns entre o público-alvo, tem sido um dos maiores objetivos (e desafios) das empresas. Este é, afinal, o melhor meio para se agregar valores ao produto ou serviço comercializado.
Para quebrar a barreira que separa a empresa das pessoas, a qual impede a transmissão dessas informações, muito já se discutiu acerca das tecnologias que pudessem ser inseridas nesse processo.
Devido à viabilidade da Internet, tanto tecnológica quanto financeiramente, sobretudo com a popularização do Wi-Fi, os especialistas concluíram que a solução está na relação entre a Internet das Coisas e o Big Data.
Para entender como a ideia funciona, é só continuar a leitura do presente artigo! Vamos lá?
Uma breve visão sobre a Internet das Coisas
A conectividade é uma das características marcantes da atual sociedade. O modo como a Internet promove a interligação entre pessoas, objetos e empresas, é um dos fatores que originaram a mais nova perspectiva do termo “inteligência”.
Em poucas palavras, temos estabelecido uma constante conexão com as nossas coisas; por sua vez, elas nos interpretam de várias formas para atender as nossas necessidades.
Tudo isso que vem acontecendo se deve a um fenômeno, o qual costumamos a chamar de IoT (Internet of Things), que não só promete afetar na percepção dos nossos hábitos, mas o já tem feito com muita discrição.
Neste momento, por exemplo, as pessoas que caminham ao seu redor podem estar usando um calçado equipado com sensores, capazes de calcular o impacto de suas pisadas e identificar outras características sobre o caminhar.
Um smartwatch tem capacidade de coletar informações como temperatura do nosso corpo, pressão arterial, número de passos, a que hora estamos indo dormir, como foi nosso sono durante a noite, etc. E todas estas informações podem ser utilizadas para os mais variados fins. Muitas vezes o que para nós seja uma banal informação, para uma empresa pode ser “matéria-prima” para que possa identificar comportamentos que possam ser estudados para o lançamento de um novo produto por exemplo.
Isso nos explica como a IoT pode gerar, às empresas, uma incrível quantidade de informações relevantes e estruturadas.
Nesse sentido, a relação entre Big Data e Internet das Coisas é inevitável. Mas, o que entendemos como Big Data?
O conceito de Big Data
Voltemos as atenções novamente para o exemplo do tênis inteligente. A princípio, o usuário pode usufruir dos benefícios da Internet das Coisas para adquirir dados por meio do calçado, como a frequência, velocidade e intensidade de passos percorridos em “x” quilômetros.
Entretanto, essas e outras informações abrem um leque de possibilidades para a fabricante do produto, que está captando detalhes cruciais ao desenvolvimento assertivo do produto.
O conjunto de ferramentas inseridas no processo de coletar, organizar e transformar os dados, para que sejam apresentados como informações úteis, inteligíveis e relevantes ao tomador de decisão é uma definição concisa do Big Data.
A Ciência de Dados
Dentro desse complexo mecanismo temos o procedimento chamado Analytics, cuja importância é justamente interpretar os dados e convertê-los em informações úteis.
O Analytics se subdivide em dois campos: Business Intelligence (BI) e Advanced Analytics (AA). O primeiro deles, Inteligência de Negócios, consiste na coleta de dados oriundos de fontes internas e externas, cuja finalidade é prestar suporte à gestão.
Já o Advanced Analytics é um conjunto de atividades orientadas à análise dos dados em escala mais profunda, permitindo que, com base em probabilidades, se identifique não apenas o que está acontecendo, mas também questões como o porquê, onde e quando.
Além disso, algumas das etapas do Advanced Analytics (Predictive e Prescriptive Analytics) fornecem uma visão das possíveis consequências de cada decisão e a prescrição de ações mais suscetíveis à obtenção dos resultados desejados.
O Advanced Analytics provêm do resultado da análise de dados em modelos matemáticos. O resultado é uma probabilidade e não uma certeza. Porém, quanto maior for a qualidade das informações que “alimentarem” os modelos matemáticos, maior será a chance de assertividade.
A integração entre Big Data e Internet das Coisas
Tendo à disposição uma alta quantidade de dados qualificados obtidos por meio da conectividade de aparelhos e uma tecnologia de Big Data, com ênfase em análises avançadas, a integração promove uma série de situações favoráveis à empresa.
Dados coletados em tempo real e prontamente apresentados de maneira inteligível, por exemplo, permitem que estratégias assertivas sejam aplicadas no desenvolvimento do produto / serviço e relação com o consumidor.
Logo, tendo ciência de que bilhões de dispositivos estarão conectados dentro dos próximos anos, a integração entre Big Data e Internet das Coisas refletirá em ações cada vez mais inteligentes.
Na última semana, a A Embraco, multinacional com foco em soluções para refrigeração, acaba de lançar o Diili, sistema desenvolvido com o conceito de Internet das Coisas (IoT). A ferramenta é focada no gerenciamento de freezers e geladeiras nos pontos de venda. O Diili acompanha o funcionamento de freezers e geladeiras comerciais para indicar a localização do equipamento e alertar sobre falta de estoque, falhas ou necessidade de manutenção preventiva.
E quanto ao mencionado Business Intelligence? Este possui alguma relação com o Big Data? Veja as diferenças!